"Perdi um amigo pro fantasma da tentação".
É isso que acontece com um dos personagens da música "Amigo fura olho", carro-chefe do álbum Junto e Misturado do cantor Latino. Como assim 'quem é Latino'? ♪ Oh, baby me leva... me leva e leva e leva e não levou.
O fura olho é um personagem típico da atualidade, é aquele que está sempre ali, participando de tudo do namoro alheio, inclusive dos cuidados com a namorada do amigo. Segundo a definição do diconário informal, é todo "indivíduo que tem como prazer e realização pessoal, cobiçar, cantar, conversar, e quem sabe até pegar, beijar e comer a mulher do próximo, mesmo quando o próximo ainda está próximo".
"Amigo, perdão faça o que quiser,
Mas eu te confesso, eu peguei tua mulher..."
Mas eu te confesso, eu peguei tua mulher..."
Certo que nem todo mundo tem um amigo desse, pelo menos fica mais fácil acreditar nisso. Mas depois desta música, quem quer ser amigo mais? Seja meu inimigo...
Já dizia Schopenhauer, o grande filósofo, "não diga nada a um amigo do que não possa confiar a um inimigo". Foi esse o erro do coitado, a safada deu mole, ele deu um ganho, mas se tivesse ficado caladinho, continuava com a amizade e com a mulher... (ha ha ha... Que coisa feia, Kenia! Como você é maldosa!) Sinceramente, fica difícil analisar a situação pela vertente do que é errado, todo mundo tem culpa, do namorado/amigo otário até a namorada.
O bom é saber que tem muito de cultura na canção, assimilar a mensagem à filosofia de Schopenhauer demonstra a utilidade do que está por trás da melodia e letra brega. Existe todo uma expressão de aspectos culturais vivenciados pelo homem nas relações sociais, é um retrato da realidade que não está limitada as classes menos favorecidas. "Homem que é homem tem um amigo fura olho!" (Sorte que eu sou mulher)
Sábio mesmo era o filósofo, que fugia do convívio social, tinha repulsa por mulher, filhos, acasalamento, e seu grande companheiro de vida foi um cão, que pelo menos era evidente se tratar de um cachorro. Suas atitudes se explicam pelo acúmulo de experiências ruins no decorrer da vida, ele apanhou e aprendeu. Um pessimismo característco de quem não vivênciou bons momentos. A situação descrita na música não deve causar menos que o sentimento de decepção vivido por Schopenhauer, mas vai o amigo perdoar o fura olho, dando uma de gostoso e forte, para ver o que acontece! Quem não aprende apanhando, nunca vai bater!
Agora resta o conselho: compre um cão ou dê caviar aos seus inimigos...
Esse texto foi produzido com a partir de uma conversa que tive com minha irmã Elen (Linda, maravilhosa e inteligentíssima, minha futura Psicóloga)... Mentes Brilhantes das filhas de minha mãe!
Dá uma olhadinha: http://www.dicionarioinformal.com.br/
E Leia: A Cura de Schopenhauer, de Irvin D. Yallon
Se quiser ouça Latino também!
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